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Psicanálise e território

  • thyenelivramento
  • 25 de set. de 2024
  • 1 min de leitura

É comum, ao pensarmos na práxis psicanalítica, visualizarmos o setting tradicional, constituído por um objeto de amor: o divã. Entretanto, há um movimento crescente de psicanalistas brasileiros que buscam criar outros dispositivos clínicos, a fim de viabilizar a escuta psicanalítica em diferentes contextos.


Delimito essa escuta a partir dos conceitos fundamentais da psicanálise, mas ela vai além.


Vejo muitas semelhanças com a psicanálise com crianças, que também precisou ir além e sustentar outros dispositivos de trabalho para viabilizar a direção do tratamento.


Voltando às andanças dos psicanalistas pela cidade, que cada vez mais estão abrindo novos espaços de escuta, percebo que é necessário um grande jogo de cintura para manejar as transferências que o território impõe a alguns sujeitos, o que, como consequência, pode deslizar para o trabalho analítico. Isso se torna especialmente desafiador em contextos de situações sociais críticas, onde, por vezes, os agentes do Estado deixam de ver a presença de um sujeito, enxergando apenas corpos a serem descartados.


A potência da psicanálise reside no singular, em estar ali, no território, no meio da massa ou do grupo, apostando que, dali, poderá advir um sujeito.


Um sujeito que vive.



 
 
 

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