A psicanálise foi criada por Freud e retomada por Lacan, consiste no trabalho com a escuta. Para essa escuta, é necessário se despir de todo o arcabouço teórico para se surpreender com o que é dito, assim quem nomeará o sofrimento será aquele que entrou em contato para ser escutado. Se você tem interesse pela psicanálise, a dica é: vá a um analista. Se coloque nessa experiência, porque é somente pela via do inconsciente que ela pode ser entendida, quando esse famoso inconsciente não precisa ser comprovado, já está sentido e atravessado na pele.
Se tentarmos responder o que é a psicanálise, a resposta é: ela está onde há uma escuta analítica, ali se faz presente a psicanálise. E já que a psicanálise é aquilo que se espera de um analista, é interessante darmos um passeio na formação do analista que perpassa não pela via universitária que ao suposto final alguém o intitula de psicanalista, mas sim, pela via da análise pessoal de cada um, dos estudos teóricos, da análise de controle e a circulação em uma Instituição. A formação é permanente, já que não há um final, e nem um lugar de chegada. A cada novo sujeito que chega, é um novo universo a ser escutado.
Estar nesta função de analista é da ordem do desejo, o caminho para a autorização é feito por si mesmo e por alguns outros em uma instituição psicanalítica. Estando advertido que não há uma fórmula a ser seguida (x horas de análise, x horas de estudos teóricos, x apresentações, etc.), não cabendo a nenhuma Instituição dita “psicanalítica” declarar alguma titularidade.
Portanto a formação se dá pela via do desejo, assim, você encontrará analistas com diferentes formações universitárias, diferentes gostos pela vida, e com diferentes formas de estar no mundo, tendo uma coisa em comum: o esburacamento de si em sua análise pessoal.
Até,
Thyene
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